Em “Sai da Frente” Mazzaropi aparece como um chofer de caminhão às voltas com uma mudança que conduz em seu velho caminhão, que êle chama de “Anastácio”, até o grande porto de Santos.
Mas a vida do simples chofer de caminhão de “Sai da Frente” sofreu uma mudança vertiginosa em “Nadando em dinheiro”. Êle, que naquela comédia “nada no sêco”, como diz o povo, nessa segunda “nada em dinheiro”, metendo-se em aventuras e complicações cômicas surpreendentemente engraçadas.
A HISTÓRIA
Isidoro vivia num cortiço no centro da grande capital paulista, trabalhando na praça como fazedor de carretos com seu velho caminhão. Sua vida era igual a de todos os que ganham o pão de cada dia com o suor do rosto. E o dinheiro que ganhava mal dava para as despesas e manutenção. Ainda por cima, numa certa manhã, um automóvel de luxo deu uma trombada em “Anastácio”, amassando-lhe o motor. Foi a conta! E aí começa propriamente o filme. Isidoro pôs a boca no mundo, não se conformando com o estrago produzido em seu querido “Anastácio”. Devido ao acidente, teve que dar seu nome ao guarda civil: Isidoro Colepícola! Foi o que bastou para o dono do carro de luxo correr à sua roda, fazendo-lhe grande rapapés. Isidoro é identificado pelo senhor do “cadilac” como herdeiro de um dos maiores industriais que no momento está à morte e que prometeu trezentos mil cruzeiros de prêmio a quem localizasse seu neto.
E assim, o chofer de caminhão, de um momento para o outro e por causa de uma trombada, vê-se o senhor de uma fortuna de dezenas de milhões.
As manias do novo milionário, os banquetes que êle dá e seu espírito romântico de galã desastrado geram uma série de complicações de alta hilariedade. Isidoro transforma-se num mecenas, protetor das artes e dos inventores, adquire coleções raras e custeia a construção de complicadas aparelhagens, cujo funcionamento fazem morrer de rir. E o resto da história não deve ser contada para não privar os espectadores do delicioso e inesperado desfêcho.