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Mazzaropi: Cinema fez dele um milionário…

A Gazeta de Notícias - Rio de Janeiro, 7 de julho de 1968.

O cinema entrou de tal forma na vida de Mazzaropi que ele, sendo um artista famoso na Televisão de São Paulo, disse adeus em definitivo às câmeras e dedicou-se de corpo e alma à arte chamada sétima. Ainda me lembro do Mazza em comédias como Nadando em Dinheiro, Sai da Frente e Fuzileiro do Amor, de sua primeira fase. Com o tempo, Mazza compreendeu que seu futuro estava nos filmes e passou de ator a produtor. Não parou nunca mais.

Hoje, Mazzaropi é a maior bilheteria do cinema nacional. E a não ser um caso esporádico como o da película Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, não surgem fitas com capacidade de atrair público, tanto quanto aquelas que trazem o Mazza na cabeça do elenco.

A última aventura cinematográfica de Mazza intitula-se O Jeca e a Freira. Por força de sua comunicabilidade, no papel de caipira-sabido, Mazza jamais desvencilhou-se do tipo que lhe rendeu fazendas em Taubaté, apartamentos em São Paulo (Capital) e agora um moderno estúdio para filmagens que o transformou num Senhor Milionário da tela.

A imensa fortuna de Mazzaropi é prova evidente de que o público aceitou sua maneira de interpretar, seus modismos e sua incrível capacidade para fazer rir. Fazer rir e até chorar, dependendo da cena da estória que ele mesmo escolhe e agora também dirige. Tudo ele aprendeu, mas sua maior lição foi a humildade com que acolheu uma carreira e soube conduzí-la dentro de uma linha de conduta irrepreensível. O cinema fez a fortuna fácil de Mazzaropi, mas ele merece tudo que tem. O estúdio. A bilheteria maior no cinema nacional. A simpatia que ninguém lhe rouba junto ao público cada vez maior que vai assistir seus filmes.